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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou ontem (4) a taxa básica de juros em decisão unânime. Este é o décimo aumento consecutivo da Selic, marcando o ciclo mais longo de da história. O resultado já era esperado pelo mercado: na última reunião do grupo, em março, a elevação em um ponto percentual já havia sido registrada em ata.

No comunicado da decisão, o Banco Central indicou um futuro aumento para o mês de junho, quando ocorre a próxima reunião do grupo. Segundo a instituição, a próxima elevação deve ter menor escala que as anteriores. A decisão ocorreu horas depois do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, também elevar sua taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual – a maior do país desde maio de 2000.

O presidente da instituição, Roberto Campos Neto, havia indicado em março que o aumento da taxa para 12,75% seria o último previsto para 2022, mas precisou voltar atrás no mês anterior diante da inflação, que surpreendeu as expectativas do comitê e impulsiona futuras elevações na Selic. Diante deste cenário, o Copom indica que as projeções do comitê ganham um nível maior de incerteza diante da conjuntura atual. 

Atualmente, o Copom trabalha com as previsões de uma inflação de 7,3% para 2022 e 3,4% para 2023. Segundo o comitê, os dois principais fatores para essa alta são a elevação nos preços no mercado internacional em consequência tanto da pandemia quanto da guerra na Ucrânia, além da incerteza dos investidores em relação ao cumprimento das regras fiscais do país por parte do governo.

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