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O cenário de incertezas que paira pelo mundo há pouco mais de uma semana após a invasão da Rússia na Ucrânia ainda não deu sinais de arrefecimento diante da escalada de tensões. A expectativa de que o presidente Vladmir Putin continue as ofensivas contra Kiev apesar das crescentes sanções de demais governos e empresas privadas no país já têm gerado fortes impactos na economia global. No Brasil, analistas projetam aumento da inflação com a alta de preços que já começa a se concretizar no mercado.

A expectativa é de que a disparada na cotação de matérias-primas em breve resulte em um forte impacto da inflação no bolso do consumidor. Nesta quarta-feira (02), houve alta no barril de petróleo tipo Brent (7,57%), além da soja (4,5%), do milho (11,9%) e do trigo (31,7%). Além da disparada dos preços da energia, alimentos e metais, a inflação global deve ser também impactada pelas mudanças no fluxo das mercadorias e serviços a nível mundial, conforme avalia o comentarista de economia do jornal Estadão, Celso Ming.

Com a alta do petróleo, a Petrobras tem recorrido a estoques comprados há cerca de dois meses a preços mais baixos como estratégia para evitar a corrosão do caixa pela alta da commodity. De acordo com reportagem apurada pelo jornal Estadão, a defasagem entre os preços cobrados pela Petrobras e os das principais bolsas de negociação do mundo chegou a 24% para a gasolina e 27% para o óleo diesel.  

As projeções para a inflação este ano do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) subiram de 5,8% para 6,2% diante da falta de expectativa de resoluções para o conflito no curto prazo, acarretando em efeitos permanentes até, pelo menos, o final do ano. 

O relatório do Boletim Focus do Banco Central (BC), divulgado ontem pela instituição, apresentou a sétima elevação consecutiva no relatório semanal na estimativa da inflação – de 5,56% para 5,60%, rompendo a meta de 3,50% do BC. A previsão do IPCA em fevereiro subiu de 0,85% para 0,88%. 

B3 avança e dólar recua, apesar da crise 

Mesmo diante do cenário negativo, a bolsa brasileira apresentou um avanço de 1,8% nesta quarta-feira (2), na volta do feriado de carnaval. Já no câmbio, o dólar apresentou novo recuo, com queda de 0,94% a R$ 5,10. Os resultados também foram positivos no mercado internacional, com destaques para a Bolsa de Londres e Nova York, respectivamente com altas de 1,36% e 1,79%.

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