Índice de Confiança do Consumidor recuou em outubro

Após 4 meses de alta, a confiança do consumidor teve um recuo de 0,4 ponto em outubro ante setembro na série com ajuste sazonal. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Sendo assim, o Índice ficou em 88,6 pontos.
Em setembro, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) havia registrado uma alta de 5,4 pontos, chegando aos 89 pontos – seu maior nível desde janeiro de 2020 (90,4). Nas médias móveis trimestrais, o índice segue avançando em 3,0 pontos sob a influência da alta dos meses anteriores, atingindo 87,1 pontos.
A instituição aponta que a acomodação do ICC de outubro sofreu influência da piora das expectativas para os próximos meses: O Índice de Expectativas (IE) recuou em 1,5 pontos para 98,7 pontos após uma sequência de altas.
Segundo a coordenadora das sondagens do FGV Ibre, Viviane Seda Bittencourt, o resultado apresenta uma mudança de comportamento observado até o momento, com a melhora das avaliações sobre o momento atual influenciada pelos consumidores de menor poder aquisitivo, além da revisão das expectativas para os próximos meses dos consumidores com maior poder aquisitivo.
O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 1,2 ponto, atingindo a marca de 74,5 pontos – seu maior nível desde março de 2020, onde obteve 76,1 pontos. Em termos históricos, o índice ainda é considerado baixo. Em relação à satisfação dos consumidores, os indicadores apontam uma percepção de melhora da situação econômica geral: o indicador subiu 0,8 ponto, atingindo 83,1 pontos, seu maior nível desde fevereiro de 2020 (85,5 pontos).
A avaliação a respeito da situação financeira da família teve avanço de 1,6 ponto, porém o nível permanece extremamente baixo com 66,5 pontos. O indicador que mede o otimismo das famílias a respeito da evolução da situação financeira nos próximos seis meses teve recuo de 2,7 pontos, ficando em 98,1 pontos após um acúmulo de alta de 19,5 pontos nos meses anteriores.