Instituições elevam projeção do PIB brasileiro

Diversos bancos, consultorias e demais instituições financeiras revisaram para cima a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para 2022. O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou ontem (19) as previsões para a economia brasileira, elevando a estimativa de 0,3% para 0,8%. A expectativa mundial de crescimento atualmente está em 3,6%, ante os 4,4% anteriores.
Ainda assim, o índice ficou abaixo daquele projetado pelo órgão em outubro do ano anterior, quando o fundo estimou um aumento de 1,5% na economia brasileira.
A análise tem apresentado um consenso entre as instituições financeiras: A C6 elevou a previsão de 0,5% para 1,5%, o Itaú de 0,2% para 1,0%, o Bradesco de 0,5% para 1,0% e a XP de 0 para 1,0%, entre outros.
Esta tendência ocorre após o país apresentar dados positivos no aumento das vendas no varejo, liberação do FGTS e o crescimento no preço das commodities, que beneficia países exportadores como o Brasil, Chile e África do Sul.
O agronegócio brasileiro apresentou a maior alta para o mês de março da história – um total de 29,4% em relação ao mesmo período em 2021, totalizando um valor de U$ 14,53 bilhões. O varejo também trouxe índices positivos: segundo dados do IBGE, a alta em fevereiro foi de 1,1%, superando as expectativas do mercado.
O risco dos juros
Apesar dos dados positivos, as instituições ainda apresentam receio em relação às previsões de longo prazo. As projeções para 2023 não foram tão otimistas: o FMI reduziu a expectativa de crescimento para o próximo ano de 1,6% para 1,4%, enquanto a C6 manteve o mesmo índice anterior.