Investimento estrangeiro no Brasil chega a R$ 1,4 bi por dia
Apesar do cenário turbulento que o Brasil enfrenta atualmente, com desequilíbrio nas contas públicas e ano eleitoral, a bolsa de valores nacional têm atraído grandes aportes de capital estrangeiro. Segundo levantamento da consultoria norte-americana EPFR para o jornal Estadão, o mercado nacional recebeu um aporte de R$ 26,4 bilhões entre os dias 01 e 28 de março, contabilizando apenas dias úteis.
Nos três primeiros meses do ano, fundos globais de ações enviaram um total de US$ 7,7 bilhões ao mercado brasileiro – mais da metade do total do ano anterior (US$ 14 bilhões). Entre os fatores que explicam o interesse do investidor internacional no país estão o preço das commodities e a taxa básica de juros. Com a valorização das matérias-primas no cenário global, provocada pelo conflito no Leste Europeu, o país tornou-se mais atrativo por ser um produtor de commodities.
O crescimento da taxa Selic também entra na lista: atualmente em 11,75%, cresce também o investimento em títulos da dívida pública, oferecendo maior retorno financeiro. O fator geográfico também entra na conta do investidor estrangeiro, dado a distância do país da guerra entre Rússia e Ucrânia.
Tesouro Nacional divulga contas do governo
A Secretaria do Tesouro Nacional divulgou na última quarta-feira (30) que as contas do governo federal apresentaram um déficit primário de R$ 20,6 bilhões em fevereiro. Este foi o menor rombo para o mês desde 2015, que registrou um saldo negativo de R$ 11,1 bilhões. A arrecadação de tributos somou R$ 148,7 bilhões no mês passado, com recorde na série histórica que se iniciou em 1995. O acumulado dos dois primeiros meses de 2022 registou um superávit primário de R$ 56 bilhões, o maior desde 1997.
